O seguimento por seis anos de mulheres com mais de 55 anos submetidas a cirurgia de revascularização do miocárdio revelou risco 1,6 vez maior de morte nas tabagistas em comparação com as que abandonaram o tabagismo16. Esse comportamento também foi observado entre as mulheres com menos de 55 anos de idade17. O Estudo da Saúde das Enfermeiras Americanas demonstrou risco 2,58 vezes maior de acidente vascular cerebral nas fumantes em comparação com as não-fumantes. Nesse risco inclui-se tanto acidente vascular cerebral isquêmico como hemorrágico, e foi tanto maior quanto maior o número de cigarros fumados18. Nas mulheres o tabagismo também constitui fator de risco para aterosclerose em artérias de membros inferiores, diminuindo a tolerância a caminhadas, inclusive no plano horizontal19. A interrupção do tabagismo está associada a redução de 50% a 70% do risco cardiovascular nas mulheres. Após dois a três anos de abandono do tabagismo, as ex-fumantes têm risco cardiovascular igual ao das mulheres que nunca fumaram20.
